
Mulheres e suas contribuições nas geotecnologias
Conheça pesquisas e descobertas que refletem a presença feminina na área
No Dia Internacional das Mulheres, destacam-se as contribuições femininas para a área das geotecnologias. Ao longo da história, diversas cientistas e pesquisadoras participaram do desenvolvimento de tecnologias fundamentais, como o GPS, e aprimoraram técnicas de sensoriamento remoto e análise territorial.
O Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (Lapig), mantém um ambiente de produção científica e tecnológica com significativa presença feminina. Atualmente, 60% da equipe do Lapig é composta por mulheres, que atuam no desenvolvimento de soluções para o monitoramento ambiental e territorial. O laboratório promove pesquisas e formação de profissionais em diversas frentes das geotecnologias e sensoriamento remoto, incentivando a participação feminina na ciência.
Mulheres que contribuíram para as geotecnologias
Gladys West
Matemática e cientista da computação, Gladys West participou do desenvolvimento do Sistema de Posicionamento Global (GPS). Seu trabalho com modelagem matemática e satélites contribuiu para a cartografia digital e o sensoriamento remoto, fundamentais para o estudo do espaço geográfico.
Thelma Krug
Pesquisadora brasileira nas áreas de sensoriamento remoto e mudanças climáticas, Thelma Krug trabalhou por 37 anos no INPE, coordenando o PRODES, projeto voltado à análise do desmatamento na Amazônia. Como vice-presidente do IPCC (2015-2023), contribuiu para diretrizes de inventários de gases de efeito estufa e políticas ambientais globais.
Carola-Bibiane Schönlieb
Matemática austríaca especialista em processamento digital de imagens, Carola-Bibiane Schönlieb é professora na Universidade de Cambridge e pesquisa técnicas de segmentação e análise de imagens geoespaciais. Seus métodos aprimoram o monitoramento territorial e a análise de dados para estudos ambientais e geotecnológicos.
Raquel Soeiro de Brito
Geógrafa e cartógrafa portuguesa, Raquel Soeiro de Brito foi a primeira mulher doutorada em Geografia em Portugal. Seu trabalho em cartografia e interpretação de formações geológicas contribuiu para o sensoriamento remoto e o geoprocessamento, auxiliando no estudo da paisagem e na preservação dos recursos naturais.
O Lapig e o futuro das mulheres nas geotecnologias
A presença feminina na ciência e tecnologia ainda enfrenta desafios. O incentivo à participação de mulheres em áreas como sensoriamento remoto, geoprocessamento e análise de dados espaciais é fundamental para promover diversidade e avanços na área. O reconhecimento e o apoio a cientistas mulheres contribuem para um futuro mais equilibrado no campo das geotecnologias.
No Dia Internacional das Mulheres, o Lapig reforça a importância dessas profissionais e sua atuação no setor, valorizando as cientistas que abrem caminhos para as futuras gerações.