Conferência Brasileira Clima e Carbono

Lapig participa da Conferência Brasileira Clima e Carbono com foco em soluções para o mercado de carbono

Evento reúne especialistas para discutir o papel do Brasil na mitigação das mudanças climáticas

Conferência Brasileira Clima e Carbono

A Conferência Brasileira Clima e Carbono, promovida pela Aliança Brasil NBS, ocorreu nos dias 15 e 16 de outubro de 2024, em São Paulo, reunindo mais de 800 participantes, entre acadêmicos, especialistas e representantes do governo. O objetivo do evento foi debater o mercado emergente de carbono e propor soluções para a crise climática. Entre os presentes, esteve o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), representado por Gabriella Arruda, coordenadora da frente de Carbono do Núcleo de Pastagem.

Ao longo dos dois dias de conferência, os participantes trocaram experiências, compartilharam conhecimentos e colaboraram na busca por estratégias para posicionar o Brasil no cenário internacional de mitigação das mudanças climáticas. O país tem o potencial de representar até 20% das oportunidades globais em Soluções Baseadas na Natureza, devido à sua vasta extensão de florestas que precisam ser preservadas e aos territórios que aguardam restauração.

Conferência Brasileira Clima e Carbono
Gabriella Arruda, pesquisadora pós-doc do Lapig

 

A participação da academia, especialmente de laboratórios como o Lapig, é essencial para fortalecer a credibilidade do Brasil no mercado de carbono, oferecendo uma base científica sólida e metodologias eficazes para a mensuração do carbono. "Pautado pela ciência, o Lapig está trabalhando no desenvolvimento de técnicas avançadas que permitem medir, monitorar e relatar com precisão os estoques de carbono em diferentes tipos de uso e cobertura do solo, identificando as principais fontes de armazenamento, as maiores perdas e os potenciais de captura de carbono", afirma Gabriella Arruda.

O trabalho científico é crucial para definir claramente a linha de base do país em relação ao carbono, fornecendo dados que apoiam a formulação de políticas públicas e a certificação de créditos de carbono. A verificação desses créditos, por meio de geotecnologias como o sensoriamento remoto e os sistemas de geoinformação, garante transparência e confiabilidade ao processo — fatores fundamentais para que o Brasil se consolide como um protagonista no mercado global de carbono e nas ações de mitigação climática.