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Pesquisadores do Lapig vão a campo para validação de mapas do projeto Atlas dos Remanescentes de Vegetação de Goiás

Atividade confirma a acurácia das interpretações de fitofisionomias na bacia dos Rio dos Bois e Meia Ponte, fortalecendo o mapeamento via satélite.

Texto: Isadora Otto/Caio Rabelo

 

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Pesquisadoras do Lapig avaliam em solo as imagens visualizadas via satélite. Fonte: Arquivo Atlas.

 

Os pesquisadores do Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (Lapig), acompanhados de agentes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad GO), estiveram em campo entre os dias 7 e 13 de outubro para validar as interpretações de fitofisionomias no âmbito do projeto Atlas dos Remanescentes de Vegetação de Goiás. A atividade foi realizada nas regiões do Rio dos Bois e Meia Ponte, confirmando a precisão dos mapas elaborados com base em imagens de satélite. A inspeção visual e a análise in loco são essenciais para aferir a acurácia das interpretações realizadas com dados de satélites, como os fornecidos pelas plataformas Cbers e Sentinel.

Segundo a coordenadora do Lapig, professora Elaine Silva, o trabalho de campo é um passo crucial no processo de mapeamento: "Fazemos essa inspeção visual nas imagens Cbers e Sentinel e, agora, vamos conferir em campo se essas interpretações estão consistentes e consolidadas. Verificamos se as nossas análises de imagem são coerentes com o que encontramos", explica.

Além da observação visual das fitofisionomias, o trabalho em campo complementa o processo de análise remota, verificando a compatibilidade entre as imagens de satélite e as características reais da vegetação, do solo e da pastagem nas áreas estudadas. Isso permite uma maior confiabilidade nos mapas gerados pelo projeto, através da validação de diferentes formações vegetais.

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Pesquisadores em campo para validar fitofisionomias das regiões próximas ao Rio dos Bois e Meia Ponte. Fonte: Arquivo Atlas.

 

Na bacia dos Rio dos Bois e Meia Ponte, as fitofisionomias validadas foram: Mata de Galeria, Mata Ciliar, Mata Seca, Veredas, Cerrado Sentido Restrito, Palmeiral (Buritizal), Cerradão, Campo Rupestre, Parque Murundus, Campo Limpo, Campos de Murundus e Campo Sujo. Essas formações ocupam áreas que variam de pequenas extensões, como os Campos de Murundus, com 67 hectares, até grandes porções de Mata Seca, que abrangem mais de 6 mil hectares.

Esse processo de validação por meio de inspeções em campo é fundamental para assegurar a precisão dos dados gerados no projeto, permitindo que a comunidade científica e os tomadores de decisão possam contar com mapas cada vez mais confiáveis para a conservação dos recursos naturais do estado de Goiás.

Atlas dos Remanescentes de Vegetação do Estado de Goiás

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Imagem captada por drone.Fonte: Arquivo Atlas.

 

O Atlas dos Remanescentes de Vegetação do Estado de Goiás é um projeto desenvolvido pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG), com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa (FUNAPE), e contratado pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) do estado de Goiás​. 

O principal objetivo do projeto é mapear a cobertura vegetal nativa remanescente do estado, utilizando imagens de satélite de alta resolução, como as dos satélites CBERS e Sentinel. Em breve mais informações.