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Pesquisador do Lapig participa em Mesa Redonda sobre o Cerrado na Alego

Debate integra campanha contra queimadas e pautou aprimoramento de políticas públicas de preservação

Texto: Isadora Andrada

Fotos: Denise Xavier

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O Laboratório de Sensoriamento Remotoe Geoprocessamento (Lapig) marcou presença na Mesa de Debate com o tema "Contribuições para a preservação do Cerrado", que ocorreu na manhã da última terça-feira (17/9), na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O evento remete ao Dia do Cerrado, celebrado em 11 de setembro, e pautou estratégias para a prevenção do Cerrado e o combate aos incêndios florestais em Goiás. Nilson Clementino Ferreira, professor e pesquisador no Lapig, apresentou os núcleos do laboratório e também expôs dados sobre as queimadas, propondo soluções alternativas para a problemática.

A iniciativa está vinculada à Campanha de Combate ao Fogo, que possui o propósito de minimizar os danos ambientais sofridos pelo Estado em função das queimadas e conscientizar a população goiana sobre o tema. Para integrar a mesa, estiveram presentes especialistas e figuras políticas envolvidas na pauta ambiental, como Marcelo Sales, gerente de Controle de Incêndios da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); Yara Vanessa Portuguez, gerente de licenciamento ambiental da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago); Edna Covem, gerente de Vigiância Ambiental e Saúde do Trabalhador da Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), entre outros.


Na ocasião, Nilson Clementino Ferreira, que também faz parte do corpo docente da Escola de Engenharia Civil e Ambiental da UFG, compartilhou dados sobre o desmatamento e a degradação do Cerrado nos últimos 30 anos. Ele destacou a distinção entre queimadas, que são manejos controlados do fogo supervisionados pelos órgãos ambientais, e incêndios florestais, que estão se tornando cada vez mais comuns em Goiás e são frequentemente resultantes de ações criminosas.

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Professor Nilson Clementino Ferreira argumenta sobre as queimadas no Cerrado. Foto: Denise Xavier

 

O pesquisador enfatizou a necessidade de investir em manejo apropriado para combater a degradação e prevenir incêndios: “Precisamos de políticas públicas que melhorem a utilização dessas áreas degradadas, estabelecendo reservas de crédito de carbono e unidades de preservação com reflorestamento. É possível otimizar todas as pastagens em Goiás sem recorrer ao desmatamento ou ao uso do fogo para abrir novas áreas”, concluiu.

Ainda, Clementino conectou a preservação dos corpos de água na região com a prevenção de queimadas, defendendo a importância da proteção das áreas de preservação das bacias de captação para evitar o desabastecimento hídrico e de unidades de conservação que guardam nascentes.  Além disso, durante o debate, Nilson expôs preocupação com a saúde e condição de trabalho dos brigadistas: “já temos indicativos de problemas decorrentes da exposição prolongada à baixa umidade e altas temperaturas”, alertou.


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