
Dia da Terra: a recuperação de ecossistemas degradados
Data comemorativa para a Terra busca incentivar as pessoas a cuidarem do planeta
Isaac Mendes
Nesta segunda-feira (22/04), comemora-se o Dia da Terra, data celebrada desde 1970 para manifestar a necessidade de pensar-se na saúde do planeta. Dois anos mais tarde, ganhou notoriedade graças à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Humano, em Estocolmo. O tema atual é "Planeta contra Plásticos", parecido com a edição de 2019, "Acabar com o a poluição de plástico". Isto acontece porque a poluição por plástico é um dos maiores problemas atuais para o cuidado do planeta, e, certamente, da humanidade. Inclusive, há diversos riscos para bebês causados pelo plástico, aponta estudo da campanha. Portanto, o ato busca a diminuição de 60% dos resíduos produzidos, até 2040.
O Doodle (aquela arte disposta na aba de pesquisa do google) celebrou a data:
No intuito de abordar o cuidado do planeta, a equipe do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) apresenta a partir da visualização de dados e imagens, a recuperação de ecossistemas degradados do Brasil.
De toda a área florestal do Brasil, 8% é de florestas secundárias, áreas que voltaram a crescer depois de desmatadas. A porcentagem, é expressiva e representa 42 milhões de hectares, equivalentes a mais de duas vezes a área do estado do Paraná. Os biomas com maior proporção de florestas secundárias são a Mata Atlântica e a Caatinga, com 27% cada (8,1 milhões de hectares e 12,5 milhões de hectares, respectivamente), seguidos pelo Cerrado (12% do bioma, ou 10 milhões de hectares), Pantanal (8% do bioma, ou 100 mil hectares), Amazônia (3% do bioma, ou 9,8 milhões de hectares) e Pampa (2% do bioma, ou 300 mil hectares). (Fonte: MapBiomas)
Foram extraídas da plataforma gratuita "Mapbiomas", na seção "Vegetação secundária" (acesse-a aqui) as seguintes representações:






Como pode ser visto, as vegetações secundárias dos biomas têm sido restauradas de maneira constante e gradual, em sua maioria. Exceto o Pantanal e os Pampas, que variaram nas últimas décadas, e perderam áreas do tipo nos últimos anos. Ainda sim, é um passo importante para a preservação e conservação dos biomas, e a toda sociedade. Um caso famoso de restauração é o do Instituto Terra, criado pelo fotógrafo Sebastião Salgado, ativo em causa socioambientais. Veja imagens via satélite da Planet que exibem o Instituto Terra antes e depois de sua restauração:

